28.4.06

Eu mudo, você fala.

Fui interpretar minha dor através de palavras alheias, dançar minha angústia ao som de uma guitarra que não entendo e cantar em voz alta minha felicidade inconstante. Fui e sentei sem querer muito. Mas aí aquela cadeira e aquela mesa falaram comigo, diretamente comigo. Falaram uma coisa, daquelas coisas que todo mundo sabe, pensa, ou pelo menos que eu sempre soube e pensei e nunca soube exatamente como colocar em palavras.
“O você que eu conheço só existe quando do meu lado.” Que delícia. Tudo ficou tão mais bonito. Para sempre eu terei a minha lembrança de você, um você só meu, um você que sem mim não existe. O você com o qual entro em contato na companhia do meu quarto não é o meu você, é o de outro alguém e esse você não me encanta. E eu já não sou mais o eu que era quando ao lado do você que era meu. Espero que esse outro você que fala de mim com desafeição entenda que eu que escrevo isso não sou o seu eu. Você e eu, nós, múltiplos. Uma coexistência finita de seres infinitos. Até o próximo eu.

3 comentários:

Anônimo disse...

eu amo o seu eu que é meu.
=*****

Anônimo disse...

e o seu eu quando está comigo, me encanta, amiga. :)

adoro essa coisa que chamam de destino e aproxima as pessoas. e essa aproximação é tão construtiva, que cria novos eus, onde na verdade, eu não sei quem sou eu, realmente. mas vou me encontrando. em você, nela, nele, naquele...

:) noite maravilhosa! linda.
um beijoo!

Anônimo disse...

rafa queridaaa!
não sabia que vc tinha um blog!
diga-se de passagem...
adoreiii!
bjo gatona!