29.7.06

Preview.

Eu estava participando de mais um ensaio sem graça de um espetáculo que deveria ser encantador quando você entrou em cena acompanhado daquelas explosões mudas que só eu era capaz de perceber. Elas destruíram sem muito cuidado minhas falsas idéias de felicidade tranqüila e instalaram entre nós uma harmonia que eu desconhecia. Mas agora ando tendo dificuldade de dialogar com os nossos desencontros; tenho medo de sem querer transformar o certo em errado.

1.7.06

Blá Blá Bá.

De madrugada, no banheiro, com mais quatro amigas chorando e ao mesmo tempo rindo. A vida é muito mais complicada do que deveria ser. Cadê a merda do intestino grosso cor-de-rosa? Nunca vou combinar nada com ninguém assim como a Rafa não combina as roupas. Fica tudo mais colorido. Quando a gente usa pulseira no mocotó, até topa um reggae no Trapiche. Que nome engraçado. Dou dois beijinhos ou logo um beijo na boca? Se o tchau foi dando beijo na boca, o oi é do mesmo jeito. Hoje é definitivamente o dia de encontrar minha metade maranhense. Não basta o hippie do Reviver? Claro que não! E uma de fora da ilha perguntou, ele fede? Minha resposta, cheiro natural, sem perfume. Pra gente, não ter um cheiro químico, manipulado, é fedor. Eu juro pra mim mesma que não foi verdade. A nova moda é só a identidade. Por isso eu sempre olho, mas dessa vez eu levei um susto. Estou só escrevendo e pensando no meu músico que está longe. Quem faz escova, cria um subgrupo. E todo mundo encontrou Jesus, enquanto vivia um sonho cor-de-rosa...