20.11.10

"a despedida"

Entre a gente foi assim, sem cerimônia. Nada de social. No final, deixou um gostinho doce azedo de tudo-logo-volta-ao-seu-lugar. Mas foi bem massa. Sem a loucura e com ginga de amor antigo. A energia boa estava lá, presença inegável, vibrando no ritmo certo. E, pegando carona na emoção, apareceu a bendita fumacinha verde, que rondou incansável a noite inteira. Meio bêbada, ela sondou doidinha, dançou, se achegou, e insistiu em engolir nós dois como naquele tempo em que andávamos a sete por quatro. E se, vem cá, vai lá, vá, não, fique, volte, siga em frente, volte atrás, deita aqui pertinho, vem, pode entrar. E foi e não foi. Meu bem, é tanta coisa entre lá e cá. Então, satisfeitos mais ou menos, a gente segue seguindo. Amando, lembrando, sentindo falta, querendo mais. Outras vezes, querendo menos. Sempre com a impressão de que alguns goodbyes ainda estão desenhados nesse nosso caminho rumo ao espaço sideral.


Por enquanto, pra você, um beijo e até a volta.

you're my sunday kind of love

era domingo e era tudo verdade. tudo beleza, paz, vento, luz. e nós dois, ali, abraçados durantes horas, imersos naquela água abençoada, flutuando feito folhas caídas, engilhados de amor novo. sem fazer barulho algum, rodopiamos num vai e vem infinito, trocando pernas e braços, nos observando, encantados. naquele dia, festejamos horas e horas, em silêncio bendito, aquele alinhamento.

meu docinho, obrigado por ter reconhecido quando o amor se apresentou meio destrambelhado. assim, meio sem convite.

6.11.10

o espelho de j.g.r.

Tudo, aliás, é a ponta de um mistério. Inclusive, os fatos. Ou a ausência deles. Duvida? Quando nada acontece, há um milagre que não estamos vendo.