26.7.11

Está lançado o desafio.

Acabei de chegar em casa depois da minha segunda sessão de análise. Voltei com a mente alongada no tempo e no espaço, mas ainda Perdidinha da Silva. Esta tarde, fiz um esforço terrível e declarei coisas que eu jamais me imaginei ouvir falando em voz alta, ainda mais para aquela senhora fria, distante, que não pega na minha mão e mal me deseja um “boa tarde”. Ela fica lá, no extremo oposto da sala, impassível, semblante imutável, sentada na mesma posição durante uma hora sem fim, com aquela roupa meio cafona, escutando tudo, anotando coisas mil. Enquanto eu, no meu canto, me rasgo em palavras, transbordo sangue e tatuo tudo quanto é sentimento na testa, desde os mais dolorosos até os mais proibidos. Estou literalmente me virando ao avesso e espero finalmente chegar lá!

Onde? Isso é o que eu ainda não sei.   

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