20.4.09

Love in Motion: entre o Beijo e "Un Conte de Noël"



Amar é ser possuída pela vontade de ter por inteiro, todo ao mesmo tempo. De sentir o nariz e o dedo, a orelha e a bunda, a perna, o pé e o peito, o pescoço, o queixo, o cabelo e o pelo. Maintenant. Now! É um desejo de uma força imensa. Desejo de ficar suspenso no tempo. De pulsar. É um beijo que se transforma em um gigante humano. Em um todo, tudo ela e ele, tudo nó(s), formando um corpo impossível de separar em membros, mesmo que superiores.

Desse nó surge a beleza. Surgem eles, os filhos. Seres que falam com lobos e mariposas. E que mesmo quando ainda não existem são tão reais quanto a música que habita a casa. São. Saltitam por entre móveis velhos. Uivam quando bem entendem. Crianças, pequenos lobos. Lindas miniaturas do todo ainda coerente. Coisinhas que sorriem com as explosões de cor e com a voz do avô-sapo. Criaturas que beijam a mãe. Encantam o pai. E fazem questão de dormirem fantasiadas de príncipes e princesas. As crianças são o amor. O resultado do nosso beijo.


Minhas inspirações:
"Retratos in Motion: o Beijo" de Luis Duva (2005). Take a look.
"Un Conte de Noël" de Arnaud Desplechin (2008). Voilà!

Um comentário:

Déa disse...

adorei o ritmo :)
pulsa!