dois mil e onze
ô saudade de olhar pra fora e enxergar pra dentro
ô saudade de olhar pra fora e enxergar pra dentro
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quando desanda a desencantar
parece que não tem mais quem segure
ou será que uma flor e um beijo obram milagres?
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É sempre importante repensar nossos "até ondes" e "até quandos". Afinal, precisamos reconhecer quando alcançamos a beirada do nosso aceitável. Pro bem da energia vital de cada um.
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Bem que ele dizia: "viver é muito perigoso".
Eu acho lindo esse jeito do Rosa de falar, mas custei a entender a dimensão desse breve dizer. Acabei aprendendo na marra mesmo.
Algumas palavras minhas machucaram profundamente alguém a quem eu quero muito bem. Fui a grande responsável por abrir uma ferida que tem custado a sarar. Errei, desapontei, dancei. Não fui tão atenta quanto deveria, tratei como trivial coisas que eram, na verdade, das mais importantes. Aqui, nem importa como ou porquê, não tem explicação ou detalhe que chegue. Todo dia, faço torcida para que o tempo seja generoso e não deixe uma cicatriz muito feia no que antes era promessa de uma bonita amizade.
Repito: "viver é muito perigoso". É preciso muito cuidado, sempre. Sentimento é coisa delicada e perder alguém é uma dor aguda, do tipo que o olho vê e o corpo inteiro sente. E eu sinto tanta falta dela. Do carinho, da companhia, de ir fazer a unha e conversar miolo de pote, de passear, falar besteira, falar de coisa séria, escutar, contar, estar lá. Ainda vou preparar a minha voz mais sincera e dizer assim com meu coração falando em voz alta: "sei que hoje é difícil de acreditar, mas se precisar, pode contar comigo, sempre, para qualquer coisa, estarei aqui esperando de braços abertos, doida pra te dar um abraço apertado".
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Entre palavras tortas e sorrisos enebriados, ele seguia, satisfeito com verdades incompletas e com a cabeça nas nuvens. Eu, sentada naquele chão imundo, rodeada de paredes rosas e lençóis amarelados, perseguida por um ventilador insistente, me sentia traída, cansada, ca-sa-da, lançada. Durante dias, assisti calada o amor evaporar aos pingos e barrancos. O que aconteceu com aquele menino que segurava a minha mão com a maior leveza do universo? Segurava. E, aqui e acolá, salpicava um doce. O menino sumiu. Fugiu. Cansou. Casou. Comigo, no escuro, na correria.
Pra viajar no feliz, comecei a lembrar da música, da cozinha vermelha, das noites recheadas de cerveja e conversas despretensiosas. Nada de teorizar demais, mas muito de viver de tanto. Intensamente. Até altas da madrugada. Aí senti saudade das brigas e do beijo afobado com o dia amanhecendo do lado de fora. De sentar no colo, de correr entre um novo amigo e outro. Entre aquela música e outra. Risos, bar ruim, novidade, arte, cerveja, teatro, bar bom, show, cinema, livros, contos, autores, atores, sorrisos, artistas, músicos, poetas.
No entanto, aqui estou eu, do seu lado, invisível.
Aqui, na minha.
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